segunda-feira, 1 de junho de 2009

O prédio preto na frente
Me olha com seus
Muitos olhos luminosos.
Olho para ele
E ele permanece incógnito.
Me sinto observada por ninguém
Porque todos devem estar
Muito atarefados nos escritórios.
Apenas os olhos do prédio
Me observam sem parar
E vão se fechando uma a um
Conforme a noite avança.
Às vezes um ou dois ou três
Ficam a noite toda ali
Olhando a rua enfadonha.

Mari Lazzari

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