sexta-feira, 5 de junho de 2009

Adeus
casual
como tchau.
Te dei como se fôssemos
nos encontrar em qualquer esquina.
Nem te procurei,
estavas sempre ali...
Eu passava na frente
e não entrava.
Algum dia,
outro dia,
semana que vem, talvez.
Como se fosses eterno
e eternamente estarias
à espera
minha, de outro, de alguém.
Agora, a vida e morte nos separam.
O adeus tornou-se pesado.
Nunca mais,
o adeus tornou-se pesado.
Nunca mais,
não mais em uma esquina,
nem entrar para um encontro
mágico.
Não mais
nenhum dia.
Lembranças chovem na mente
todo dia.
Muito mais
à espreita
do nada,
do nunca.
Os olhos a me fitarem arredios,
o sorriso guardava tantos segredos...
As palavras, em tropeços,
abriam pedaços de coração.
Estarias para sempre ali.
Braços fortes,
mãos ágeis.
Socorro infalível.
Caminho entre poças de pensamentos
cheias de teus abraços
respingando alegria,
buscando
em que esquina encontrar-te,
em que porta não entrar no vazio
onde
tua sombra
pode me responder
o adeus prematuro
que te levou sem me avisar.

Mari Lazzari

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