quinta-feira, 28 de maio de 2009


Às vezes me translado
Para o lugar das idéias
Onde me ditam as frases
E o futuro é uma poesia
A ser declamada.

Quem fez os versos,
Faz a rima, e lá de cima
Se diverte o anfitrião
Com a festa e a veste
Da ocasião.

Não se sabe o que vai tocar,
Mas a alma pressente o luar
Ou a luz ausente.
A alma pressente e tenta
Adivinhar onde se faz o horizonte,
Onde trilha o rinoceronte
Para tudo acontecer.

Teu tempo é escasso,
Se vai no abraço a ocasião
Derradeira que te fizeram afastar.
Terás de correr para poder
Um estrago consertar.

Não há escolha a ser feita,
A música envolve,
Não a ouve quem deita.
O minuto foi marcado
No dia do encontro
E não há como esquivar-se.

Quem dera poder fugir deste dia
E permanecer fugidia
No meu canto de paz.
Não mais poderei usufruir deste espaço,
Disto que faço com tão grande prazer.

Marcado foi o dia
E eu que não queria
Vou ter que encarar.
E virás e dirás coisas
Que irão surpreender
E que nem poderia adivinhar.

Quem dera fugir desse dia
De transtorno, de alegria sem paz.
Um encontro, um encanto.
Morrerei depois.
Esta que aqui escreve, nunca mais.

Mari Lazzari

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